O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Érico Souza Rossi pela prática, por 206 vezes, dos crimes de falsidade ideológica e apresentação de documentos ambientais falsos, além da venda de produto de origem florestal sem autorização e lavagem de capitais. O empresário já responde a diversos inquéritos e ações penais referentes à extração ilegal de madeira e fraudes no Sistema DOF. O MPF estima que a venda de madeira sem licença válida, extraída clandestinamente da Floresta Amazônica, movimentou mais de R$ 800 mil, no período de um ano. A denúncia, ajuizada na última semana, decorre da investigação que resultou na Operação Lacuna, deflagrada em maio.
Relatório do Ibama deu início à apuração dos delitos pelo MPF. O órgão ambiental realizou vistorias em empreendimentos a fim de comparar os dados contidos no Sistema DOF com as informações de campo. A finalidade era identificar inconsistências ou irregularidades, o que ocorreu nas empresas de Érico Rossi. Diante dos indícios de diversos crimes, o MPF requereu à Justiça medidas cautelares que resultaram em busca e apreensão e na prisão preventiva do empresário. As medidas foram cumpridas pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lacuna – desdobramento da Operação Quantum Debeatur.