Amapá e Guiana vão fortalecer formação de professores da escola bilíngue

A educação é um dos laços fortes de cooperação franco-amapaense. Um símbolo desta relação é a criação, em 2018, da Escola Estadual Professora Marly Maria e Souza da Silva, primeira unidade escolar de classes bilíngues (português e francês) em Macapá, projeto idealizado pelo Governo do Amapá em parceria com a Embaixada da França no Brasil.

Nesta quinta-feira, 4, segundo e último dia de discussões da XI Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça (CMT), realizada no auditório do Sebrae, em Macapá, no eixo educação e cultura, foi acordado que os professores da escola bilíngue terão uma formação diferenciada este ano durante intercâmbio na Guiana Francesa.

A proposta foi apresentada pela secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, e pelo coordenador geral de Formação Continuada do Rectorat, José Festá. Eles relataram sobre os avanços da oferta de ensino de língua francesa no Amapá e da língua portuguesa na França, bem como a formação para professores e a importância deste ensino em ambos os lugares.

“Temos, em média, 70 professores de português na Guiana, e há 7.500 alunos que estudam português como língua estrangeira. Nós somos o único local da França que vai ter a língua portuguesa e literatura brasileira como disciplinas no vestibular. Isso é fruto dessa relação de cooperação”, pontuou Festá.

A secretária Goreth Sousa disse que o Amapá possui, atualmente, 153 professores de francês distribuídos nas escolas da rede estadual de ensino. Além disso, existe o trabalho do Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand e o do Centro Cultural Franco Amapaense.

“Somente o Franco Amapaense atende a mais de 800 estudantes. Também há capacitações de taxistas do Oiapoque no uso da língua francesa, e de profissionais de saúde no atendimento aos indígenas. É um trabalho grandioso que atende o povo amapaense”, considerou.

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