A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, criou a Força-Tarefa Estado do Amapá para investigar um esquema de corrupção naquele estado, envolvendo empresários, agentes políticos e servidores públicos. Após investigações decorrentes das operações “Terras Caídas”, “Miríade” e “Shoyu”, constatou-se sobreposição de vários atores envolvidos em diferentes áreas de atuação do crime organizado – cooptação de agentes estatais em licitações de obras públicas, grilagem de terras públicas e desmatamento –, evidenciando possível ligação entre organizações criminosas.
Segundo investigações já existentes, a participação dessas organizações criminosas ocorreria por meio de cooptação de agentes públicos em projetos e empreendimentos, com violação de normas ambientais, principalmente, por meio de negociações obscuras e concessão de vantagens ilícitas a grupos políticos e econômicos.
A força-tarefa é formada pelos procuradores da República Thereza Luiza Fontenelli Costa Maia, que é a coordenadora, Joaquim Cabral da Costa Neto e Rodolfo Soares Ribeiro Lopes. A FT terá duração de um ano. A Portaria 757, que cria o grupo de trabalho no Amapá foi publicada nesta terça-feira (27), no Diário Oficial da União (DOU).
