Uma audiência mediada pelo Ministério Público do Estado (MP-AP) nesta quinta-feira, 27, reforçou que o Governo do Amapá vem distribuindo as vacinas contra covid-19 de forma proporcional à população de cada cidade, inclusive à capital, Macapá. A reunião virtual contou com a presença da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A coordenadora de Imunobiológicos da SVS, Andréa Marvão, ressaltou que, desde o início da imunização, a capital já recebeu 131.541 doses, mais da metade do total de vacinas entregues aos demais quinze municípios, por ser a cidade mais populosa do estado.
Andréa esclareceu que, entre os dias 4 e 11 de maio, o Estado recebeu dois lotes de vacina Pfizer – sendo integralmente direcionadas aos municípios de Macapá e Santana, uma vez que as outras 14 cidades ainda não tinham a estrutura necessária para armazenar este imunizante. De um total de 4.680 vacinas Pfizer recebidas pelo Amapá até aquele momento, 3.150 foram destinadas para a capital.
No dia 25 de maio, o Ministério da Saúde recomendou em nota técnica que os estados utilizassem a próxima entrega de vacinas para ajustar as quantidades enviadas aos outros municípios que não foram contemplados com a Pfizer, para que eles consigam atender as demandas dos grupos prioritários.
A SVS atendeu essa solicitação na distribuição das 17.250 doses de Astrazeneca recebidas na quarta-feira, 26. Desse total, 27,8% foram destinadas a Macapá e o restante distribuído para as outras cidades ajustarem seus cronogramas.
Grupos prioritários
As doses são enviadas pelo Ministério da Saúde conforme os grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) – neste momento, o governo federal atende idosos; trabalhadores de saúde e das forças de segurança; e salvamento; pessoas deficientes; pessoas com comorbidades; povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; mulheres grávidas e puérperas; além de trabalhadores aeroportuários.
O Governo do Amapá orienta que as prefeituras atendam os grupos estabelecidos pelo PNI, todavia, são os municípios que definem os cronogramas de vacinação.
Outros dois pontos foram destacados no encontro: a quantidade de doses distribuídas pelo Ministério da Saúde ao Amapá é baixa em comparação a outros estados. E a distribuição das doses é calculada pelo governo federal com base no último censo feito pelo IBGE, feito em 2010, portanto está defasado.