Amapá ultrapassa 100 mil recuperados da covid-19
Após um ano e três meses do registro do primeiro caso de covid-19, o Amapá chega a 100.336 pessoas recuperadas da doença o que representa 84,26% dos casos confirmados até o momento. As informações estão no boletim epidemiológico publicado nesta segunda,12.
O alcance acontece em um momento que o estado registra queda de leitos ocupados por pacientes com novo coronavírus na rede pública e redução de 70% nos casos de óbitos de pessoas acima de 69 anos.
LEIA MAIS: Covid-19: Amapá registra menor taxa de ocupação de leitos em 2021
O índice de recuperação, a queda na ocupação de leitos e a baixa taxa de letalidade acima de 69 anos estão relacionadas às medidas adotadas pelo Estado para conter o vírus, como a criação de centros para tratamento da doença, aquisição de equipamentos e insumos, parceria com as prefeituras dos municípios, entre outras.
Superação
Um dos casos de superação mais impactantes é do autônomo Amauri Ribeiro, de 41 anos, que chegou a ficar 88 dias internado no Centro Covid HU por conta do vírus.
“Procurei atendimento médico após 20 dias dos sintomas. Achei que fosse malária ou dengue, menos covid. Eu passei por duas intubações em 40 dias”, conta o trabalhador.
No período em que esteve internado, Amauri teve paradas cardiorrespiratórias e dos rins, sendo submetido a uma traqueostomia – procedimento cirúrgico com a abertura da parede anterior da traqueia, com o objetivo de dar ao paciente possibilidade para respirar.
Amauri está há seis meses em processo de recuperação pós-covid no Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) e responde bem tratamento com o acompanhamento psicológico, fisioterapia e fisioterapia cardiorrespiratória.
Para combater a ansiedade causada pela covid, mergulhar na música e no artesanato.
Recomeço
O jornalista Werverton Façanha também é um sobrevivente da covid-19. Aos 35 anos, casado e pai de um garoto de 9 anos, ele e o filho foram acometidos pelo vírus. A criança com sintomas leves e ele de forma severa chegando a ter 70% do pulmão comprometido. O quadro de Weverton se agravou e ele procurou atendimento médico primário. Dias depois, o jornalista sofreu uma parada cardiorrespiratória.
“Eu estava à beira de ser intubado quando fui transferido para um leito clínico no Hospital de Emergências e depois, para o Centro Covid HU. Chegando lá, a equipe médica conseguiu me estabilizar. Recebi uma alimentação adequada, um atendimento melhor. Eu saí da respiração mecânica em menos de 72h . Com a melhora na saturação e pressão controlada, recebi alta em oito dias””, conta Werventon.
O jornalista acredita que o atendimento que recebeu da equipe – formada por médicos, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros e fonoaudiólogos – foi preponderante para que ele não precisasse de um leito de UTI.
Hoje, em casa com a família, Werverton se recupera bem, mas sua saúde ainda requer cuidados com o acompanhamento de fisioterapeuta e psicólogo.