Após a grande repercussão da aprovação pela Câmara de Vereadores de Macapá do projeto do ex-vereador Karlyson Rebouça, que concede o título de cidadã macapaense a Michele Bolsonaro, alguns vereadores questionaram o processo de votação que resultou na concessão da comenda. “O título de cidadão macapaense se tornou uma banalidade”, disse Dudu Tavares, do PDT.
O presidente da Câmara, vereador Marcelo Dias, se mostrou irritado com os questionamentos e assegurou que todas as pautas das votações em bloco estavam disponíveis para todos os gabinetes. Ele enfatizou que, se o título foi aprovado, a responsabilidade não pode recair sobre a mesa diretora.
“Todos os vereadores receberam a pauta. Se os vereadores não leram a pauta, não é problema da Câmara de Vereadores e nem da Mesa Diretora. Era só pedir destaque aqui que a gente votava contra ou a favor. A responsabilidade de ler a pauta e buscar informação é do vereador e de seus assessores”, bradou Dias.
O presidente da casa ainda ressaltou que as pautas a serem votadas são enviadas com no mínimo doze horas de antecedência aos vereadores. Além disso, ele afirmou que o regimento da Câmara Municipal de Macapá garante aos vereadores o direito de votar e solicitar destaque para qualquer pauta, mesmo que esta esteja agrupada para votação em bloco.
Os vereadores Dudu Tavares, Allan Ramalho, Adrianna Ramos, Zeca Abdon, Claudiomar Rosa, Daniel Teodoro e Janete Capiberibe afirmaram que votaram “sem saber” do conteúdo da pauta.