Analistas políticos ouvidos pelo blog acreditam que a eleição para o governo do Amapá deve ser decidida no município de Santana, a exemplo do que aconteceu na eleição de 2018, quando Waldez Góes venceu o ex-senador João Capiberibe no segundo turno da disputa.
Embora Macapá concentre 56,58% dos eleitores, há um certo equilíbrio de forças na capital, principalmente entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de consumo interno. Clécio é ex-prefeito de Macapá, saiu bem avaliado do mandato e tem o apoio do PDT. Jaime é vice-governador e tem o apoio do prefeito Furlan, também bem avaliado.
Esse equilíbrio de forças colocaria a decisão nas mãos dos outros 15 municípios do Amapá, em especial, Santana, que é o segundo maior colégio eleitoral com 14,83% dos eleitores aptos a votar, seguido de Laranjal do Jari (5,37%), Oiapoque (3,81%) e Mazagão (3,46%), de acordo com a última atualização do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP).
Em 2018, Waldez e Góes e João Capiberibe, tiveram disputa acirrada na capital. Waldez teve 50,29% (109.091 votos) contra 49,71% (107.830 votos) de Capiberibe. Uma diferença de 0,58% (1.261 votos) ponto de diferença. Já na contabilidade geral dos votos, Waldez teve 52,35% (191.741 votos) contra 47,65% (174.540 votos) de Capiberibe. Foram 4,7% de vantagem para Waldez, o que representa uma diferença de 17.201 votos, sendo que 16.080 vieram de Santana, onde Waldez venceu com placar elástico de 63,62% (37.562 votos) a 36,38% (21.482 votos).
É claro que 2022 é outra eleição e tem as suas próprias variáveis, mas olhando por esse prisma, é possível dizer que quem estiver melhor em Santana, estará mais perto da vitória. Não por acaso, e por segurança, todos os postulantes ao cargo tem gastado sola de sapato de Oiapoque a Laranjal do Jari.