Rayssa Furlan cresceu 12 pontos na última pesquisa do IPEC, contratada pela Rede Amazônica, e isso é uma boa notícia, que vem acompanhada de outra má. O crescimento se deu na capital, onde a disputa está equilibrada. No interior, Davi Alcolumbre tem o dobro de intenções de votos de Rayssa.
Vivendo a sombra do prefeito Furlan, Rayssa vai até onde a popularidade do marido alcança e ele tem uma limitação geográfica: está restrito a Macapá. Em Santana quem canta de galo é Bala Rocha, e em Laranjal do Jari é Marcio Serrão, por exemplo. Bala e Márcio, assim como outros 11 prefeitos, estão fechados com Davi.
Quem poderia compensar a limitação de alcance de Furlan era Jaime Nunes, mas o candidato ao governo não anda muito bem das pernas. A pesquisa mostra que Jaime empacou em 36% e corre risco de entrar em queda livre com o aumento da rejeição.
Esgotada a capacidade de Furlan e sem poder contar com Jaime, a expectativa de crescimento de Rayssa também fica limitada. Davi, no entanto, além da vantagem elástica no interior, faz campanha colada em Clécio, que virou o jogo na capital e já tem 54% dos votos válidos.
Faltando 10 dias para a eleição, Rayssa vai precisar muito mais que dancinhas de Tik Tok para alcançar Davi. Fugindo de entrevistas e traindo aliados como Gilvam Borges, João Capiberibe e Guaracy fica mais difícil.