No ano de 2002 uma figura ficou muito conhecida nos corredores da Universidade Federal do Amapá: Dorinaldo Malafaia, um jovem de camisa vermelha que recolhia assinaturas para a fundação do Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL. Malafaia foi presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre outras funções no movimento estudantil. Formado em enfermagem, abraçou também o sindicalismo, liderando greves e outras manifestações de servidores da saúde.
Em 2012, quando Clécio Luís foi eleito prefeito de Macapá, Dorinaldo passou para o outro lado do balcão: assumiu a secretaria de saúde do município. Anos depois afastou-se depois de Clécio e Randolfe Rodrigues e passou a fazer parte do grupo político da deputada Marcivania Flexa. Filiado ao PCdoB, assumiu a superintendência da Vigilância em Saúde do governo Waldez, onde teve muito destaque durante a pandemia do Coronavírus.
Dorinaldo vinha se apresentando como candidato, primeiro pelo PT e depois PSOL, desde 2004. Mas foi pelo PDT que conquistou o mandato, na eleição deste ano, junto com Josenildo Abranches e Goreth Souza, do mesmo partido. Quem imaginaria, há vinte anos, que Dorinaldo chegaria tão longe? Talvez apenas ele. Mas isso foi suficiente para que, num lance de sorte, dirão alguns, ou depois muito trabalho e persistência como dirá ele, certamente, recebesse o diploma que o credencia para assumir o mandato de deputado federal em fevereiro do ano que vem.
Seja de um jeito ou de outro, o fato é que Dorinaldo estava no lugar certo e na hora certa numa das muitas e boas voltas que o mundo dá. E isso também exige competência. Sucesso, Dorinaldo!