Causou estranheza o anúncio de que o PL do Amapá não vai apresentar nominata para vereador na eleição deste ano, mesmo tendo dois vereadores com mandato no partido: João Mendonça e Dudu Barbosa. No entanto, por mais despretenciosa que pareça, a decisão teria um objetivo estratégico: frustar uma possível candidatura da deputada federal Silvia Nobre à prefeitura de Macapá para não atrapalhar o atual prefeito Antônio Furlan.
De acordo uma liderança do partido, a direção nacional do PL determinou que a legenda tivesse candidato em todas as capitais. Em Macapá, Silvia seria a escolhida, mas a direção estadual do PL amapaense entendeu que uma candidatura de Silvia poderia tirar de Furlan valiosos votos do eleitorado mais fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é filiado ao partido.
Considerando que Furlan e Silvia são bolsonarista de carteirinha e poderiam dividir os eleitores do mito, faz todo sentido impedir um deles participe da disputa.