Unidos por Bolsonaro, desunidos por intrigas e vaidades. É assim que está o grupo de militantes de Jair Bolsonaro, no Amapá. A briga gira em torno da liderança do movimento a favor do presidente eleito. Antes supra ou apartidário, o grupo começou a ganhar donos e isso tem gerado discórdia, ofensas e muita confusão.
A primeira “porrada” ocorreu quando o presidente do PSL, partido de Bolsonaro, Sharon Braga anunciou apoio a Waldez Góes no segundo turno da eleição para governador. A decisão causou protestos porque boa parte do grupo entendia que o partido deveria manter-se neutro e que Sharon não podia falar pelo eleitorado de Bolsonaro. O racha entre o partido e os independentes foi inevitável.
Agora a “treta” é entre a jornalista Helen Costa e o pastor Guaracy Jr. De acordo com Helen, a confusão começou depois que Guaracy começou a “ganhar os louros” do trabalho voluntário feito por ela e um grupo de militantes que organizaram uma caravana para pedir voto para Bolsonaro, no interior do Amapá.
“Por exemplo na primeira passeata, ele prometeu dar 5 mil bandeiras do Brasil. Quando chegaram as bandeiras, tava a bandeira do Brasil e atrás tava a foto dele com o Bolsonaro”.
Helen conta ainda que no segundo turno, Guaracy reuniu os apoiadores de Bolsonaro e se comprometeu em ajudar a caravana, mas desapareceu na véspera da viagem.
“Aí no domingo teve uma passeata e simplesmente o Guaracy tomou todos os holofotes para ele e isso foi incomodando a gente. Aí na mesma noite ele soltou um vídeo. Simplesmente no vídeo tava como se no evento fosse o Guaracy a estrela e tivesse promovido tudo. Na mesma noite ele pegou esse vídeo e se mandou pro Rio pra ir levar lá pro Bolsonaro como se fosse ele que tivesse feito tudo sozinho”, conta Helen.

A confusão deve terminar na justiça, pois existem gravações, notas, ofensas e ameaças de processos para reparar possíveis calúnias e difamações.

Procurado pelo blog, o pastor ficou de se posicionar, mas ainda o fez em função de estar ocupado com outras atividades políticas.